Começar é que custa sempre. Em tudo ou quase tudo, o
início é que se torna doloroso.
Ainda os bancos da escola estão frescos na minha
memória e já me pesa a escolha do estágio. Se por um lado, não há nada melhor
do que a segurança daquela casa, que todos os dias nos recebem de braços
abertos e disponíveis para mais uma mão cheia de ensinamentos, por outro,
queremos é depressa levantar voo e culminar a viagem.
Queremos chegar ao outro lado, onde nos espera uma
nova realidade, novas responsabilidades e desafios. Queremos deixar para trás,
as mãos que seguram a rede invisível que temos debaixo dos pés, que não nos
deixam cair e que querem que batamos asa, quando for a hora certa.
O que verdadeiramente me atormentou nesses primeiros
dias foi o facto de saber que podia fazer melhor mas, como em tudo, ainda agia
de forma tímida, dando erros, os típicos erros de quem está começar a carreira
profissional.
Um dos colegas, disse-me em jeito de confissão: “Se
quiseres ser boa nesta área tens que te dedicar”. É o avisar de que ali nos é
exigido empenho, se assim for nosso entender e aspiração.
Foi sem dúvida o abrir realmente a porta da
responsabilidade, de ser imagem daquilo que poderia fazer, desta vez sem o
aconchego dos colegas do curso.
Começava o meu percurso por minha conta e risco. E
como em qualquer lado e profissão, o que custa é começar.
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